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terça-feira, 26 de março de 2013

Pequeno Texto de Amor


Aquela foto sob minha estante, jogada no chão, sim... Já tivemos dias melhores.
Mas você vem até mim e diz que acabou. Não entendo. Claro que entendo é outro não é? Como assim esta confusa? Fechou a porta.
Escuto alguém dizendo teu nome, parece ser aquela amiga sua que não gosta de mim (risos), é na verdade parece que nenhum amigo seu gosta de mim. Devo cheirar mal é isso. Mas então depois de alguns instantes escutando pego me em desespero – ela vai para Londres hoje – Londres? Porque não me contou? Cada vez fico mais transtornado.
Corro para o aeroporto sem nem mesmo saber o horário do voo que você irá pegar. Londres 15h e 30 min. Cheguei a tempo. Olho para o relógio e corro como nunca corri na vida, com a esperança de te ver - pelo menos para implorar que fique, ou dizer que ainda te amo – chego há rampa de acesso, você não está lá. O desespero me consome.
Olho para os lados e pergunto a todos que passam se o avião partiu. Um nobre senhor me diz que o acabará de ser anunciado para os passageiros embarcarem – portão cinco meu jovem, portão cinco – corro novamente. Desesperado estou, a tua procura, na tentativa de falar com você e perguntar por que me abandonara.  Cheguei (respiração ofegante), mas todos embarcaram, a esperança se foi.
Pergunto-me porque fugiu, porque saiu sem se despedir, por quê? Todos esses anos foram em vão? Não sei, o que sei é que dei tudo que você merecia, daquela pequena rosa ao meu grande amor por você, me entreguei. Sim me entreguei de uma maneira inexplicável. Agora resta a dúvida.

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